Gestão financeira: Você Sabe Para Onde Seu Dinheiro Vai?

A Jornada para a Liberdade Financeira Começa Agora

 

Organizar financas
A Jornada para a Liberdade Financeira

Uma das matérias mais importantes da vida é, sem dúvida, a gestão financeira. No entanto, poucas pessoas realmente a dominam. Um dado alarmante do IBGE revela que mais de 69% dos brasileiros não conseguem guardar dinheiro.

Em outras palavras, para cada 10 pessoas que você conhece, 7 delas vivem sem qualquer reserva financeira. Enquanto alguns se encontram nessa situação por extrema necessidade, muitos outros simplesmente não aprenderam a valorizar e a gerir seus recursos.

Muitas vezes, a necessidade de parecer rico, ou “sangrar rico”, leva as pessoas a se endividarem. A preferência por um prazer momentâneo em detrimento de uma vida financeiramente segura é a causa da ruína para muitos.

Pense nisto: uma dívida de R$10.000 em um cartão de crédito com juros de 12% ao mês pode se tornar um pesadelo. Os juros compostos, que fazem o dinheiro crescer exponencialmente, trabalham contra você. Portanto, antes de pensar em investir, a primeira e mais crucial lição é: pague todas as suas dívidas de alto custo.

Evitar um crédito de má qualidade é a base para qualquer prosperidade. Como já discutimos em nossos textos sobre  educação financeira, a disciplina é o ponto de partida para a construção de um futuro sólido.


 

Os 3 Modelos de Gestão Financeira

 

Para entender sua situação atual, é preciso analisar como você lida com seus recursos. Existem três modelos mentais que definem a sua relação com o dinheiro, e a sua decisão de hoje determinará onde você estará amanhã.

 

1. O Estágio da Sobrevivência (Mente Limitada)

 

Este é o modelo de quem vive “no vermelho”. A única fonte de renda é, geralmente, o salário, que é usado imediatamente para cobrir as despesas básicas. A pessoa recebe o dinheiro e o gasta com moradia, alimentação e contas essenciais.

Dessa forma, ela fica presa em um ciclo de sobrevivência, sem margem para poupar ou crescer. O dinheiro que entra é consumido na mesma proporção em que é ganho, mantendo a pessoa na mesma situação por anos a fio.

 

2. O Estágio da Estagnação (Mente “Classe Média”)

 

Neste modelo, a pessoa já ganha um pouco mais e, consequentemente, tem a ilusão de que está prosperando. Além das despesas essenciais, ela começa a adquirir o que chama de “ativos”, mas que na verdade são passivos. Em outras palavras, ela gasta dinheiro com coisas que tiram dinheiro do seu bolso. O exemplo clássico é o carro.

É comum ouvir: “Pelo menos eu tenho meu carro, é um bem.” No entanto, o carro não é um ativo. Ele deprecia, perde valor com o tempo e ainda gera despesas contínuas como IPVA, seguro, manutenção, combustível e multas.

A pessoa que adquire um passivo como esse tem sua renda consumida por custos que ela mesma criou. Isso a mantém em um ciclo de estagnação, onde ela trabalha cada vez mais, mas não vê seu patrimônio crescer.

A jornada de 10 ou 20 anos se transforma em frustração, porque, ao olhar para trás, a pessoa percebe que trabalhou arduamente, mas não construiu nada. Esse é um reflexo direto da falta de um  pensamento estratégico que diferencia um profissional peça-chave.

 

3. O Estágio da Prosperidade (Mente Abundante)

 

Este é o modelo dos que realmente enriquecem. A mentalidade aqui é usar o dinheiro para gerar mais dinheiro. A pessoa pega sua renda (salário) e a direciona para a compra de ativos.

Ativos são tudo o que coloca dinheiro no seu bolso, como ações, fundos imobiliários ou investimentos em geral.

Por exemplo, ao comprar um fundo imobiliário, você recebe rendimentos mensais (dividendos) que se tornam uma nova fonte de renda. Da mesma forma, você usa essa nova renda para comprar mais ativos, que geram ainda mais renda.

O resultado é um ciclo virtuoso onde a renda passiva (dinheiro que entra sem você precisar trabalhar ativamente) aumenta, permitindo que você cubra suas despesas sem precisar tocar em seu salário.

Em resumo, você cresce cada vez mais, pois os juros compostos, antes seus inimigos, agora trabalham a seu favor. Esse é o caminho para a verdadeira liberdade através da Gestão financeira.


 

A “Pizza” do Orçamento Inteligente: Alocando Seus Recursos

 

Para sair da teoria e ir para a prática, é fundamental ter um plano de Gestão financeira. Você não pode deixar que o dinheiro o controle; você deve controlá-lo. Como diz o ditado: o dinheiro é um excelente servo, mas um péssimo mestre. Uma forma eficaz de fazer isso é alocar sua renda em três grandes “fatias”, como em uma pizza.

 

1. 50% para o Essencial

 

Esta fatia é para a sua sobrevivência. São as despesas indispensáveis para viver com o mínimo de qualidade, como aluguel, contas de luz e água, transporte e alimentação básica.

 

2. 30% para o Conforto

 

Aqui entram as despesas opcionais que tornam a vida mais prazerosa: hobbies, lazer, jantares fora, idas ao cinema e presentes. O perigo é permitir que essa fatia se expanda e consuma todo o seu orçamento.

Afinal, o “bom gosto não volta”. Se você experimenta o conforto, o desejo por ele se torna insaciável. Por isso, é crucial ter disciplina e Gestão financeira para limitar o consumo nesta área e garantir que o seu futuro não seja sacrificado por prazeres imediatos.

Como abordamos no texto sobre finanças para casais, estabelecer um orçamento claro ajuda a evitar conflitos e garante que os gastos estejam alinhados com os objetivos.

 

3. 20% para a Liberdade Financeira

 

Esta é a fatia mais importante. É o dinheiro que vai para o seu futuro. Ela se divide em três áreas:

  • Estudo: O conhecimento é a fonte do poder. Ao investir em cursos, livros e mentorias, você aumenta sua capacidade de gerar valor e, consequentemente, de aumentar sua renda.
  • Reserva de Emergência: Uma reserva para imprevistos é o seu seguro contra crises. Ela deve ser suficiente para cobrir seus custos fixos por pelo menos seis meses, garantindo tranquilidade em momentos de instabilidade.
  • Investimentos: Este é o motor da sua prosperidade. O dinheiro que você aloca aqui será o responsável por trabalhar para você, gerando renda passiva e multiplicando seu patrimônio ao longo do tempo.

 

O Tempo é o Seu Maior Ativo

 

A vida passa por ciclos: desenvolvimento, crescimento, maturidade, declínio e aposentadoria. O erro mais comum é começar a pensar em investimento apenas na fase de declínio, quando a saúde e a energia já não são as mesmas. O custo que você paga hoje é barato, mas se você adia, o custo se torna exorbitante ou, até mesmo, impossível de pagar.

O poder dos juros compostos funciona com o tempo. Investir R$10.000 com um retorno de 12% ao ano pode gerar um retorno substancial em algumas décadas. Portanto, não importa a sua idade, comece agora.

A consistência de semear e colher é a chave: pegue a semente, plante-a, colha o fruto, plante a semente que está dentro dele novamente, e assim sucessivamente. Como diz a sabedoria popular, “o melhor dia para plantar uma árvore foi há 20 anos. O segundo melhor dia é hoje”.

Conclusão

A Gestão Financeira é uma escolha. A sua relação com o dinheiro, seja ela de sobrevivência, estagnação ou prosperidade, é definida pelas suas ações diárias.

Ao entender a diferença entre ativos e passivos, ao gerir seu orçamento de forma estratégica e ao priorizar o investimento em seu futuro, você assume o controle do seu destino. Pare de deixar o dinheiro ser seu mestre e faça dele o seu servo mais leal. Comece hoje a construir o futuro próspero que você merece.

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