As Redes Sociais no Mundo dos Negócios

Como se Destacar em um Ambiente Competitivo

 

Redes Sociais
As Redes Sociais no Mundo dos Negócios

Em um cenário onde a concorrência por atenção é cada vez maior, a pergunta que muitos empresários e profissionais se fazem é: será que ainda dá tempo de entrar nas redes sociais?

A resposta, segundo especialistas, é um sonoro “sim”. O online, hoje, não é mais uma opção, mas uma validação da existência de qualquer negócio. No entanto, o sucesso nesse ambiente não é garantido e exige uma estratégia que vai além da simples presença.

Neste artigo, vamos mergulhar nas principais dificuldades, oportunidades e mitos que cercam o uso das redes sociais como ferramenta de crescimento para empresas e indivíduos.

Vamos explorar por que a comparação é uma armadilha, o papel da  persuasão e negociação na criação de uma comunidade e como as empresas podem usar a mentalidade dos influenciadores para se conectar de forma genuína com seus clientes.


 

O Falso Dilema do “Já é Tarde” e a Armadilha da Comparação nas Redes Sociais

 

Muitas pessoas hesitam em entrar no mundo digital por acharem que “já perderam o bonde”. No entanto, a população online e o tempo de tela continuam a crescer ano após ano. A cada dia, surgem novas gerações de consumidores e novos mercados, o que significa que as oportunidades nunca acabam.

O verdadeiro problema não é a saturação, mas a mentalidade. As pessoas não percebem que o esforço nas redes sociais já está sendo recompensado, mesmo que de forma pequena. Elas se comparam com quem já está no topo há anos, como se o sucesso fosse instantâneo.

Em vez de celebrar ganhos modestos, como um salário de R5milouR7 mil que a maioria dos brasileiros não alcança, elas se frustram por não estarem ganhando R$1 milhão. Essa constante busca por “não ser suficiente” é a principal armadilha.

A comparação pode ser uma ferramenta útil quando usada para traçar um plano de ação: “se alguém alcançou isso, o que eu posso fazer para chegar lá?”.

Contudo, quando se torna um fim em si mesma, ela nos cega para a realidade e nos impede de apreciar o próprio progresso. Por isso, a chave é focar em sua própria jornada e valorizar cada pequena conquista.

 

A Estratégia dos Gigantes vs. a Estratégia dos Nativos Digitais

 

Para as empresas, a maior dificuldade nas redes sociais é a falta de um pensamento focado no diálogo. As grandes corporações, acostumadas com o modelo de campanha publicitária tradicional (anúncios em TV, outdoors), tendem a replicar essa lógica no digital.

Elas gastam milhões em campanhas que têm começo, meio e fim, mas que não se sustentam no dia a dia.

Essa abordagem, muitas vezes incentivada por agências de publicidade que ainda operam com um modelo de remuneração defasado, ignora a essência das redes sociais: a conversa.

A empresa que quer ter sucesso precisa estar presente todos os dias, respondendo a comentários, gerando insights a partir das interações e criando conteúdo “sempre vivo” (evergreen) que mantenha o público engajado.

As pequenas e médias empresas, por sua vez, acabam modelando o que os grandes concorrentes fazem, repetindo os mesmos erros.

Elas deveriam, na verdade, se inspirar na estética e no modo de produção dos influenciadores digitais, que dominam a arte de criar conteúdo diário, interagir com a audiência e, acima de tudo, ser vulneráveis.

.

A Força da Narrativa e a Parceria com Influenciadores

 

Cada vez mais, as empresas têm percebido que, se não conseguem produzir conteúdo de forma eficaz, podem terceirizar a tarefa para quem já faz isso bem: os influenciadores. Essa é uma oportunidade gigantesca, mas que esbarra em um novo problema: muitas agências e marcas tratam os criadores de conteúdo como meros atores.

Elas contratam o influenciador pela sua  audiênciamas exigem que ele replique a linguagem e o formato de um comercial de TV.

O resultado é um conteúdo que não se integra ao dia a dia do criador e que perde toda a sua credibilidade. A audiência do influenciador, que o acompanha por sua narrativa e personalidade, percebe a desconexão e a venda se torna forçada.

O segredo, como explica uma especialista, é comprar a narrativa, e não a audiência. O influenciador que tem uma trajetória construída em torno de um tema (por exemplo, vida saudável, produtividade ou finanças) já quebrou as objeções da audiência e a preparou para a solução que ele oferece.

A venda não começa do zero; ela é a continuação natural de uma narrativa que já existe.

É por isso que, muitas vezes, influenciadores com poucos seguidores, mas com uma comunidade altamente engajada, conseguem gerar vendas muito maiores do que influenciadores com números gigantes, mas que são genéricos ou que aceitam campanhas que não se alinham à sua narrativa.

 

A Estratégia de Investimento: 80/20 nas Redes Sociais

 

Para empresas e indivíduos, a estratégia de entrada nas redes sociais pode ser guiada por um princípio de investimento. As plataformas já maduras (como Instagram e YouTube) são como renda fixa. O retorno é mais previsível e estável, mas os ganhos podem não ser tão altos. Elas são essenciais para construir uma base sólida.

As plataformas emergentes (como o Threads) são o equivalente à renda variável. O risco é maior, pois a plataforma pode não vingar, mas os ganhos, se a aposta for certeira, podem ser exponenciais.

A estratégia ideal seria dividir o esforço: 80% do tempo e recursos para as plataformas maduras e 20% para as novas, para que você possa entender a dinâmica e surfar a onda caso ela se torne um “platô de produtividade”.

 

Conclusão

 

Entrar nas redes sociais hoje não é tarde, é necessário. O caminho para o sucesso não está em seguir o modelo de empresas que tratam o digital como um mero canal de anúncios, mas em abraçar a lógica de diálogo e vulnerabilidade que os nativos digitais dominam.

O futuro do marketing está na colaboração genuína. Empresas que buscam influenciadores para comprar sua narrativa, em vez de apenas sua audiência, serão as que mais se destacarão.

Ao alinhar sua mensagem com a comunidade já existente do criador, a marca não apenas vende, mas constrói uma conexão profunda e duradoura.

Conforme discutimos em nossos textos sobre a persuasão e a negociação, a verdadeira venda acontece quando o cliente sente que a solução foi feita para ele, e a narrativa é a chave para criar essa percepção.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima