Por que a Autoconfiança e a Prosperidade Estão Ligadas ao seu Corpo e à sua Conta Bancária

Existe uma frase que ecoa como um tapa na cara da realidade: “Você é o seu maior inimigo“. Por mais que pareça cruel, essa afirmação vai ao cerne do porquê tantas pessoas se encontram em ciclos de estagnação, seja na vida pessoal, na saúde ou nas finanças. Em vez de confrontar o problema, a maioria de nós prefere criar narrativas que justifiquem nosso fracasso, culpando fatores externos, como o governo, a economia ou, em casos recentes, a pandemia. Mas a verdade é que, na maioria das vezes, o nosso maior obstáculo está no espelho na falta de autoconfiança.
A sociedade, em contrapartida, parece se compadecer de quem tem dificuldades. O brasileiro, por exemplo, é conhecido por rir da própria desgraça. No entanto, não há nada de engraçado em estar endividado, nem em estar com a saúde comprometida.
A primeira e mais dura lição é reconhecer que a história que contamos a nós mesmos para justificar o fracasso é o que realmente nos impede de mudar.
A ousadia de enfrentar a mediocridade, de sair do conforto e de parar de contar histórias é o que separa os realizadores dos reclamadores. Quando você assume a auto-responsabilidade, percebe que as variáveis que realmente importam estão sob seu controle.
A Narrativa do Fracasso e a Luta Interna
É muito fácil colocar a culpa no “lá fora”. Empresas que faliram durante a pandemia, por exemplo, muitas vezes culpam a crise. Em outras palavras, a narrativa é que a pandemia foi a causa da quebra, quando, na realidade, a falta de um “caixa” ou de um planejamento financeiro adequado já era uma vulnerabilidade. A pandemia apenas acelerou o inevitável.
Da mesma forma, a nossa mente é mestre em justificar escolhas ruins. É o que acontece quando alguém diz que é de uma determinada ideologia política para justificar a própria falta de dinheiro. A narrativa de que “é errado ter dinheiro” é uma história contada para validar um estado de fracasso.
Isso é um ciclo vicioso, onde a pessoa cria uma justificativa para não mudar, e essa justificativa, por sua vez, a impede de buscar a prosperidade.
O mesmo se aplica à nossa saúde. O corpo é um reflexo direto das nossas escolhas diárias. Afinal, as pessoas não ficam “gordas” por acaso, mas por escolhas repetidas de consumo e falta de disciplina. Em resumo, a primeira etapa para a mudança é reconhecer que você é o arquiteto da sua própria realidade.
O Desafio da Transformação: Corpo e Riqueza em Perspectiva
O que é mais difícil: ficar milionário ou ter um corpo sarado? Uma pesquisa nos Estados Unidos aponta que há mais milionários do que pessoas com um “six-pack”. E há uma razão lógica para isso.
A busca por riqueza pode ser delegada. Existe um método claro, que pode ser resumido em 3P1F: Planejamento, Processo, Pessoas, Ferramentas. Você pode planejar sua estratégia, criar um processo, contratar pessoas para executá-lo e usar ferramentas para otimizar o trabalho. Em essência, você pode ter outras pessoas correndo atrás de dinheiro para você.
No entanto, a busca por um corpo saudável é um esforço solitário e indelegável. Ninguém vai correr na esteira por você, nem deixar de comer o que é gostoso e faz mal. A dieta e o treino são uma batalha diária contra as suas próprias vontades.
A vida é cheia de “só um bolinho”, e a facilidade de ceder a pequenas tentações se torna um hábito que sabota os grandes objetivos. Em outras palavras, enquanto o sucesso financeiro pode ser uma equipe, o sucesso físico é uma jornada que só depende de você. E, como já discutimos em nossos textos sobre a mentalidade empreendedora, a disciplina de fazer o que precisa ser feito, mesmo sem vontade, é o primeiro passo para o sucesso.
O Poder da Autoconfianca e o Combate às Histórias
A autorresponsabilidade é o entendimento de que você não controla tudo, mas tem controle total sobre como reage ao que não controla. O seu foco e a sua energia devem estar naquilo que está sob sua alçada, e não no que é externo. Se você se concentra no que não pode mudar, não sobra tempo para agir.
E mais, quem negocia nas pequenas coisas, mente por pouco e, consequentemente, mente por muito. A negociação com a sua própria mente é o começo da derrocada. Não há espaço para o “só um pouquinho” ou o “pelo menos”.
A coragem para mudar começa com a coragem para não agradar e com autoconfianca. A comunicação agressiva, mas não violenta, é o que atrai a sua tribo e repele quem não se alinha com seus valores. Por exemplo, a criação do movimento “anti-obesidade” não é contra pessoas, mas contra um problema.
A pessoa que se ofende com isso, no fundo, concorda com a crítica. Afinal, nós só nos incomodamos com aquilo que concordamos. O cancelamento, por sua vez, é apenas a ausência de princípios. Quando você sabe o que defende, não há como ser “cancelado”, porque você não arreda o pé de seus valores. Essa clareza é o que te diferencia e te torna um profissional peça-chave em qualquer área.
O Gatilho da Mudança: Dores e Consequências
A mudança só acontece quando ativamos um dos três gatilhos universais: constrangimento, medo ou dor. Esses gatilhos levam à obtenção de consciência sobre as consequências de não mudar. Um exemplo disso foi a história de um parceiro de negócios que precisou emagrecer para se tornar sócio.
A ameaça de perder uma oportunidade única e, além disso, a possibilidade de ter o contrato de sócio revogado o motivaram a perder 26 quilos. A motivação veio da dor da perda, que é muito mais forte do que a motivação de ganho.
Quando você se sente constrangido por si mesmo, não há desculpas. A dor de não ter dinheiro, de não ter saúde, de não ter escolhas é um gatilho poderoso para a ação. O resultado disso é transformador: ao perder peso, a pessoa melhora em todos os aspectos da vida — o sono, a cognição, o humor e até a libido.
A ciência, inclusive, já comprovou a relação entre dinheiro e felicidade. Embora o dinheiro não seja a única fonte de felicidade, ele traz segurança, conforto e, principalmente, a liberdade de escolha. Essa realização é o que leva as pessoas a se comprometerem com a gestão financeira e a buscarem uma vida mais próspera.
Em resumo, o dinheiro pode ser um meio para conquistar a liberdade, a segurança e a autoconfiança que, como vimos em nosso texto sobre finanças para casais, são essenciais para uma vida mais tranquila e feliz.
Conclusão
A sua vida é um reflexo das suas escolhas. Parar de contar histórias para justificar o fracasso e assumir a autorresponsabilidade é o primeiro passo para o sucesso. O caminho para a prosperidade financeira e física não é sobre sorte, mas sobre disciplina, coragem e a capacidade de enfrentar seus próprios medos e inseguranças.
A jornada é difícil, mas as recompensas, tanto no corpo quanto na conta bancária, são a prova de que o seu maior inimigo é, na verdade, a sua maior oportunidade de crescimento.